Lendo um pouco sobre as
tendências pedagógicas, ainda percebo uma forte influência da Pedagogia
Tradicionalista nas escolas, onde “Os métodos baseiam-se tanto na exposição
verbal como na demonstração dos conteúdos, que são apresentados de forma
linear, ignorando as experiências trazidas pelos alunos, tornando a prática
pedagógica estática, sem questionamentos da realidade e das relações
existentes, sem pretender qualquer transformação da sociedade, daí deriva o
caráter abstrato do saber.” Mas por que estou falando sobre isso? Com toda
certeza grande parte da população e dos jovens brasileiros está conectada a
internet e em redes sociais, e acredito que mais do que nunca chegou à hora do
tradicionalismo sair do lugar. Como teoria de Paulo Freire, a educação deveria assimilar
o objeto de estudo fazendo uso de uma prática dialética com a realidade,
traduzindo, leve a realidade dos ensinados para a aprendizagem escolar, por
isso, tenho convicção que passou da hora de usarmos as plataformas de rede
social como apoio fundamental da educação.
Temos sérios problemas, como o
choque de gerações, pois muitos professores ainda se bloqueiam do uso das redes
sociais, e os alunos atualmente não tem somente os “mestres” como referências,
mas sim seus 600,700, 1000 amigos do facebook, por isso os professores, quando
são, serão somente mais um a ser espelho dos alunos. Os métodos de ensino também
precisam ser reciclados, os alunos não conseguem mais ficar dentro de uma sala
de aula 4, 5 horas com aulas expositivas. Algumas escolas já começaram a mudar
e se atualizar, mas principalmente a rede pública precisa mais do que fazer a
inclusão digital, e com urgência incentivar os alunos a produzirem conteúdo, compartilhar
conhecimento e participar de projetos de engajamento social.